Ok, a maioria certamente vai passar reto por esse post principalmente porque NINGUÉM lê esse blog, mas né, mas não é obrigação de ninguém ler, é só um desabafo. Se você se identificar com a minha situação, meus pêsames e bem-vindo ao clube.
A minha vida sempre foi boa e essas coisas, mas desde o ano passado eu percebi o que acontece por baixo disso tudo e, sinceramente, tem vezes que eu preferia ficar na ignorância sobre o assunto.
Minha mãe é fumante desde que eu a conheço por mãe, ela me prometeu que ia parar de fumar até, no máximo, o natal do ano passado.
“Mãe, você prometeu que ia parar de fumar, porque está com o cigarro?”
“Prometo que vou parar, filha”
E a gente tem essa conversa todo dia.
Ela continua fumando feito uma chaminé, ferrando cada vez mais com o corpo já ferrado dela. só que agora ela fuma escondido. Manja o negócio de “o que os olhos não vêem, o coração não sente”? Ela acha que pode se aplicar a ela; se ela fumar sem ninguém ver, ninguém sai machucado. Meu medo é que ela fique com cancêr de novo, porque ela já teve cancêr de mama, e o pulmão não é assim tão longe.
Agora, indo para o meu pai. Ele bebe até a tampa pelo menos uma vez por semana, agora no carnaval vai ser uma festa de ver quanto você consegue ficar bebendo pra evitar a ressaca.
E o legal é que ele parece só notar a minha existência quando está bêbado, então vem pra mim dar lições de moral sobre coisas que não tem nada a ver comigo. E eu sempre discuto com ele…que útil, Mariana, discutir com um bêbado sobre algo que ele não vai lembrar no dia seguinte e sobre o qual você não vai ter coragem de falar quando ele estiver sóbrio. Belo exemplo esse.
Mas enfim, sempre que meu pai fica bêbado, ele e minha mãe discutem feio, e quase sempre eu tenho vontade de chorar, e quem chora por mim é a minha mãe, só que o choro dela é de raiva mesmo. Tenho medo de meu pai resolver dar uma “volta” e voltar num caixão, ou ficar com alguma coisa séria relacionada ao álcool…mas a pior coisa do meu ponto de vista seria eles se separarem, pelo menos um dos quatro membros da família entraria em depressão, disso eu tenho certeza.
E agora a gente vai pro meu irmão mais novo, o biel.
Ele tem só seis anos, e a minha infância foi pelo menos cinco vezes mais feliz que a dele; o que é totalmente errado, visto que ele tem o meu pai, eu e a minha mãe quase sempre perto dele, coisa que eu não tive. Todo mundo é estressado, e parece que a gente desconta nele. Mesmo ele sendo muito irritante, eu muitas vezes me pego me perguntando o quanto ele deve sofrer por nossa causa.
Porque a gente tem que fazer uma criança tão pequena sofrer por causa das merdas que a gente faz? Não sei, sinceramente.
Quanto a ele, o meu medo é que cresça pior do que eu: eu cresci mimada, chata e violenta. Tenho medo de ele crescer mal a ponto de se cortar ou passar por algum tipo de complicação.
E aqui estou eu, chorando de novo enquanto desabafo aqui.
Aos que não leram, não precisam se preocupar por não terem lido, eu apenas postei pra ter onde descontar tudo o que eu estou sentindo. Aos que se deram ao trabalho de ler, obrigado por gastarem seu tempo comigo, de verdade.
Com carinho,
Eu
Não se preocupe com essas coisas uma hora tudo vai passar,pois o tempo passa, os dias passam,e assim algumas lembranças somem!
ResponderExcluirSei que alguém um dia vai te ajudar e ficar ai ao seu lado. Não se preocupe saiba que no fundo sempre irá existir alguém que te apoie e te ame.
De:Uma recente amiga do Everton.Isabela
OOH HAI THERE ;u;
ResponderExcluirMuito obrigada, Isa! <3